sábado, 12 de abril de 2008

Pai e madrasta de Isabella permanecem na casa do avô da menina

O pai e a madrasta da menina Isabella Nardoni permanecem na manhã deste sábado (12) na casa de Antônio Nardoni, avô da menina. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá chegaram ao local, na Zona Norte de São Paulo, no começo da noite desta sexta-feira (11). Eles saíram do Instituto Médico-Legal (IML), onde passaram por exames de corpo de delito, e seguiram direto para a casa do o advogado tributarista, pai de Alexandre.

O casal foi levado à casa do pai de Alexandre em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE), acompanhados por advogados. O carro da polícia entrou na garagem e o casal subiu uma escada lateral que dá acesso à entrada. Eles não falaram com a imprensa. O advogado Rogério Neri disse que os dois ficariam na casa. Depois disso, chegaram ao local dois carros com parentes. Na saída, os advogados disseram que o casal se recupera depois de oito dias de pressão.

Os dois deixaram o IML, na região central de São Paulo, por volta das 17h20 desta sexta. Anna Carolina Jatobá chegou ao IML às 15h43, cerca de uma hora depois de Alexandre Nardoni, que chegou às 14h42.

Anna Carolina deixou o 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, na Zona Sul da capital, às 15h24. Ela e o marido Alexandre Nardoni, pai da menina que morreu na noite de 29 de março ao cair de um prédio na Zona Norte, tiveram pela manhã o pedido de habeas corpus concedido pela Justiça.

O delegado Calixto Calil Filho, que investiga o caso, disse que na segunda-feira (14) vai convocar Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, que na noite da morte de Isabella estava em um bar e recebeu uma ligação da família informando sobre a tragédia. A policia pediu a quebra do sigilo telefônico de Cristiane e aguarda reposta da Justiça. 

O delegado disse que o apartamento do casal vai continuar lacrado e, assim que receber os laudos da perícia, pretende fazer uma reconstituição do crime. 

 Quebra de rotina

A presença do casal na residência do pai de Alexandre Nardoni quebrou a rotina da pacata Rua do Marinheiro, no Tucuruvi.

A movimentação da imprensa em frente à casa atraiu a atenção de vizinhos e curiosos, a maioria crianças. Em contrapartida, nenhum carro de polícia era visto na região. 
Às 21h05, houve a primeira correria e agitação. Cinco pessoas, dois homens e três mulheres, deixaram a casa andando. Um dos homens, seguido pela imprensa e curiosos, identificou-se apenas como “tio”, mas não disse o nome. “É um absurdo o que estão fazendo com a gente. Estamos assustados e abalados”, declarou.

 Às 21h54, nova movimentação com a chegada de Alexandre Jatobá, pai de Anna Carolina, madrasta de Isabella. Ele chegou acompanhado de outras duas pessoas e não deu declarações. 

Chegada

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá chegaram à casa de Antônio Nardoni por volta das 18h. Eles foram levados em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE), acompanhados por advogados. Depois disso, chegaram ao local dois carros com parentes. Na saída, os advogados disseram que o casal se recupera depois de oito dias de pressão.

 O delegado Calixto Calil Filho, que investiga o caso, disse que na segunda-feira (14) vai convocar Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, que na noite da morte de Isabella estava em um bar e recebeu uma ligação da família informando sobre a tragédia. 

A policia pediu a quebra do sigilo telefônico de Cristiane e aguarda reposta da Justiça. 
O delegado disse que o apartamento do casal vai continuar lacrado e, assim que receber os laudos da perícia, pretende fazer uma reconstituição do crime. 

Liberdade e investigações

No final da tarde, a delegada Elizabete Sato disse que a libertação do casal não vai atrapalhar a investigação. "Durante a prisão deles, o presidente do inquérito (delegado) deu celeridade ao processo", disse. 
Na contramão, o promotor Francisco Cembranelli, indicado pelo Ministério Público para acompanhar o caso Isabella, disse que a libertação do casal irá, sim, prejudicar as investigações. Ele afirmou que “há informações preliminares do Instituto de Criminalística (IC) que permitem vincular o casal aos ferimentos sofridos por Isabella e ao que ocorreu na cena do crime”. 

Habeas Corpus

O casal foi solto após a Justiça ter concedido o habeas corpus protocolado pela defesa. Na decisão, o desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, questionou se Nardoni teria realmente assassinado a própria filha. Anna Carolina deixou o 89º Distrito Policial, no Portal do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista, às 15h24. A saída dela da delegacia foi marcada por muito tumulto. Antes de entrar no carro que a levou para o IML, ela disse que não era assassina. Jornalistas e moradores da região se aglomeraram na porta da delegacia para acompanhar o momento em que a jovem de 24 anos seria solta. Ela foi xingada por vários curiosos. 

Além disso, um forte aparato policial foi montado, com a participação de policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE), que conduziram Anna Carolina para o IML. Diferente do marido, a madrasta de Isabella saiu da delegacia sem cobrir o rosto e disse aos repórteres: "Eu não sou assassina".Alexandre Nardoni deixou a carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro de São Paulo, por volta das 14h30. Houve uma tentativa de despiste por parte da polícia que simulou a saída de Alexandre Nardoni por uma das duas portas do 77º DP. Inicialmente, um policial enrolado em um cobertor foi retirado por uma das saídas, o que provocou correria, tanto entre a imprensa quanto entre os curiosos no local. Na saída desse carro, algumas pessoas que acompanhavam a movimentação deram socos no veículo. 
Instantes depois, Nardoni deixou a delegacia pelo lado esquerdo, também enrolado em um cobertor. O delegado titular do 77º DP, Albano Fernandes, disse que Nardoni estava assustado com os gritos que vinham da porta da delegacia que pediam "justiça".

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