quinta-feira, 10 de abril de 2008

Justiça decide na sexta-feira se liberta pai e madrasta de Isabella

A decisão da Justiça de São Paulo sobre pedido de habeas corpus para que Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, acompanhem as investigações em liberdade, só será conhecida na sexta-feira (11), segundo informou na tarde desta quinta-feira (10) a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. O desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, da 4a Câmara Criminal do TJ, analisa o pedido nesta quinta-feira em sua casa, no interior de São Paulo. Funcionários de seu gabinete informam que na sexta-feira ele irá a São Paulo e revelará sua decisão. O documento, que tem 30 páginas, é um habeas corpus com liminar. O casal está detido desde quinta-feira passada (3), após a polícia pedir à Justiça prisão temporária de 30 dias. A defesa não acredita que o casal representará risco ao inquérito. "Não há o menor risco de eles atrapalharem as investigações. Eles ficaram em liberdade durante as investigações e nesse período foram produzidas várias provas. Em nenhum momento, eles criaram obstáculos para a produção das provas, não coagiram testemunhas e muito menos se furtaram a comparecer diante de autoridade policial", disse o advogado Marco Polo Levorin.
Argumentos
Os defensores informaram que o pedido baseou-se em “argumentos técnicos”. “Não vamos discutir fatos nem provas”, afirmou o advogado Rogério Neres de Sousa. Para os defensores, não há pressupostos que justifiquem neste momento as prisões temporárias. De acordo com Sousa, Alexandre e Anna Carolina não atrapalharam as investigações do caso, o que envolveria coagir testemunhas ou mudar a cena do crime. Em entrevista coletiva na sexta-feira passada (4), o promotor Francisco José Taddei Cembranelli disse ter apoiado as prisões temporárias para garantir “maior tranqüilidade” à conclusão das investigações. Para ele, se estivesse livre, o casal poderia comprometer o esclarecimento de fatos importantes porque tem contato com testemunhas e funcionários do prédio. Os defensores também argumentam que ambos não possuem antecedentes criminais e têm endereço fixo.

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