terça-feira, 7 de março de 2017

Esposa confessa que matou o marido policial pois sofria agressões

Beatriz Pereira Torres, 52 anos, que era casada com Adalto Torres, 56, se apresentou na Delegacia de Homicídios na manhã desta segunda-feira (6), confessou o crime e alegou que era agredida e ameaçada por ele.
O corpo do investigador foi encontrado por volta das 8h15 desta segunda-feira na Rua das Margaridas, situada no Jardim Monte Carlo, em Maringá, com três disparos de um revólver calibre 22. Dois tiros atingiram o rosto e um o peito da vítima. A dona de casa, acompanhada pela advogada, relatou à Polícia Civil (PC) que há vários anos sofria agressão do marido. O filho dela, o empresário Jhon Kleiton Torres, 34 anos, confirmou que o pai batia nela.

Orientada pela PC, Beatriz e o filho estavam hospedados em um hotel após um desentendimento com Torres no final da tarde desse domingo (5). A equipe pediu que ela ficasse no local até que a situação se acalmasse e, no dia seguinte, ela poderia voltar para casa e conversar com o marido.

No entanto, por volta das 2h de segunda-feira, segundo o depoimento da acusada, ela foi para casa e acabou levando tapas. Ele pediu que eles dormissem em quartos separados e pela manhã conversariam.

Beatriz contou que não conseguiu pegar no sono e, por volta das 3h, notou que o marido estava dormindo com uma arma debaixo dele. Temendo ser morta, ela foi até a dispensa, onde sabia que havia o revólver calibre 22, pegou a arma e um martelo e foi até o quarto do casal.

Ela relata que, com medo do revólver falhar, deu vários golpes com o martelo na cabeça de Torres. Em seguida, atirou três vezes, fugindo logo depois.

Na delegacia, a autora pediu que fosse realizado um exame de lesão corporal para comprovar as agressões. Ela seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML) de Maringá para que o procedimento fosse feito. Apesar de afirmar que era atacada pelo marido, a PC alega que não encontrou nenhum boletim de ocorrência registrado contra Torres.


A PC ainda afirmou que a arma utilizada no crime tem registro de roubo. A autora responderá por homicídio.

Confiram a entrevista do delegado da homicídios de Maringá falando sobre o caso.

(Informações: O Diário, vídeo: Oséias Miranda)

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