Peritos da Polícia Civil de São Paulo concluíram que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi espancada e asfixiada dentro do apartamento, antes de ser jogada pela janela do sexto andar na noite de sábado (29). Os peritos não encontraram sangue fora do apartamento: as análises apontaram que marcas na porta da residência, na maçaneta e no banco traseiro do carro de Alexandre Nardoni não são de sangue.
As provas períciais, por enquanto, dão as seguintes pistas: o assassino, ainda não identificado, teria agredido e esganado a menina com as mãos dentro do apartamento, antes do último ato de brutalidade.
Nesta segunda-feira (7), nove dias depois do crime, peritos voltaram ao apartamento. Eles querem esclarecer como e onde o assassino machucou a testa da menina. Essa é uma das dúvidas que cercam a morte, entretanto não foram achadas marcas de sangue em nenhuma quina de móvel dentro da casa.
Na primeira perícia foi encontrado sangue no apartamento. Não se sabe de quem é, mas é certo que havia pingos em vários pontos: no chão do hall de entrada, em frente à porta da cozinha e no corredor que dá acesso aos três quartos. Os peritos observaram que, pelo tipo de mancha, a vítima estava a cerca de um metro do chão.
Marcas de sangue foram encontradas também no lado externo da porta do quarto de Isabella; no lençol de uma das camas do quarto dos irmãos de Isabella, junto a uma pegada de sapato de pessoa adulta; na cama ao lado da parede e nas bordas do buraco feito na rede de proteção da janela.
Com base nas provas técnicas os peritos concluíram: o assassino de Isabella de fato arremessou a menina pelo buraco da rede. No momento da queda, ela estava desmaiada. Segundo a perícia, Isabella foi jogada de cabeça para baixo, tanto que as marcas das mãos dela ficaram logo abaixo da janela, na fachada do prédio.
O corpo da menina se descolou da parede e caiu no gramado do jardim, o que amorteceu o impacto. A queda provocou uma fratura na parte posterior da bacia, como a perícia constatou.
A outra fratura, no pulso esquerdo, de acordo com os peritos, foi provocada antes da queda, assim como o corte de dois centímetros na testa, por onde Isabella perdeu muito sangue.
Ainda segundo os peritos, a menina apresentava sinais típicos de asfixia: manchas no pescoço e na nuca, outras manchas avermelhadas no pulmão e língua projetada para frente. Habeas corpus
Nesta segunda-feira, a defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá entrou com pedido de habeas corpus. Três advogados do casal chegaram às 17h05 ao prédio do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ), na região central de São Paulo, para protocolar o pedido. Se deferido, eles poderão acompanhar as investigações em liberdade. Sigilo
A assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou na tarde desta segunda-feira que foi suspenso o segredo de Justiça no caso.
No final da tarde, porém, o delegado Calixto Calil Filho, que apura a morte da garota Isabella Nardoni, determinou sigilo no inquérito policial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário