Cientistas franceses revelaram pela primeira vez a utilização de uma técnica medieval chamada "glacis" na "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, informou hoje o Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).
Após retirar o verniz virtualmente do famoso quadro do artista italiano, os cientistas se fixaram nas cores inalteradas dos pigmentos, em especial no rosto da Gioconda.
Os pesquisadores descobriram uma camada de sombra com um único pigmento de camada superficial e uma superposição de camadas de uma mesma cor muito diluída, característica que define a técnica "glacis".
Este procedimento utilizado na pintura a óleo, inventado pelos flamengos medievais, foi introduzido na Itália pelas mãos do pintor Antonello da Messina (segunda metade do século XV), destacou o CNRS.
Leonardo da Vinci, um século depois, adotou a técnica para pintar alguns de seus quadros, dentre os quais, a sua obra mais famosa, a "Mona Lisa".
As pesquisas determinaram que da Vinci utilizou o "glacis" na "Mona Lisa" composto por 1% de ''vermillon''(vermelho-alaranjado) e 99% de branco de chumbo.
Os pintores italianos da época já aplicavam esta combinação, mas faziam na camada pictórica superficial e não na primeira, como ocorre no "glacis".
Nenhum comentário:
Postar um comentário