As operações de crédito oferecidas pelo sistema financeiro somaram R$ 992,7 bilhões em março, o equivalente a 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta terça-feira (29).
O crescimento foi de 3,5% em relação a fevereiro, quando o volume total do crédito foi equivalente a 35% do PIB.
Levando em conta apenas as operações com recursos livres, cujas taxas são definidas sem a interferência do governo, o volume somou R$ 705,3 bilhões, o equivalente a 25,5% do PIB.
Juros e spread
A taxa média de juros cobrada pelos bancos subiu para 37,6% ao ano no mês passado, frente a 37,4% em fevereiro, permanecendo no nível mais elevado desde abril de 2007. Para pessoa física, os juros tiveram queda de 1,2 ponto, para 47,8%. A taxa média de juros para pessoa jurídica teve acréscimo de 1,7 ponto, para 26,5%.
O destaque nesta categoria foi o aumento de 3,8 pontos percentuais na taxa média de juros incidente no cheque especial buscar em março, para 149,8% ao ano, ante os 146% registrados em fevereiro. Em 12 meses, aumento correspondeu a 9 pontos percentuais.
O spread bancário - a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes - caiu para 25,4 pontos percentuais, ante os 26 pontos no mês anterior.
Por sua vez, a base monetária (papel moeda emitido mais reservas bancárias) se contraiu 1,3% em março, somando R$ 130,811 bilhões. Os números referem-se ao conceito de média dos saldos diários. Em 12 meses, contudo, viu-se crescimento de 20%.
De acordo com relatório do BC, a expansão verificada na posição de fim de mês foi influenciada pela compra de dólares da autoridade monetária no mercado interno no valor de R$ 2,031 bilhões. Também as operações do Tesouro Nacional foram expansionistas no valor de R$ 1,82 bilhão. Já o ajuste de contratos de swap deu lucro ao BC de R$ 1,623 bilhão.
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