Em março, o custo de vida do brasileiro teve um aumento de 0,45%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice de Custo de Vida (ICV) havia registrado queda de -0,03%.
O principal responsável pela alta no ICV foi o aumento em despesas com habitação (1,60%), puxado especialmente pelo avanço nos custos de locação, impostos e condomínio. A maior elevação – condomínio (7,89%) – refletiu, em parte, um reajuste da mão-de-obra decorrente da correção do salário mínimo. A operação do domicílio (1,23%) também teve taxa elevada em razão do reajuste do salário mínimo, que teve como conseqüência o aumento nas cifras dos serviços domésticos (6,02%).
Gastos com transporte também registraram alta (0,52%), ocasionada principalmente pelo aumento no preço do álcool (1,95%). Outro setor que teve elevação no custo foi o de despesas pessoais (0,44%). A principal alta foi verificada em higiene e beleza (0,77%).
Alimentação foi o único item que registrou recuo, com uma variação de -0,17%. O comportamento derivou da queda nos preços dos produtos in natura e semi-elaborados (-1,52%), uma vez que, os da indústria alimentícia (0,81%) e a alimentação fora do domicílio (1,01%) apresentaram taxas positivas.
O ICV é calculado pelo Dieese com base em pesquisas realizadas na cidade de São Paulo, mas serve como indicador para todo o país.
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