De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até esta terça-feira (9), dez casos de dengue importada já foram confirmados em Curitiba. Nenhum deles é de dengue hemorrágica, tipo mais letal da doença, e todos os pacientes estão em tratamento, sem risco de óbito.
A cada confirmação da doença, agentes de saúde fazem um diagnóstico em um raio de 300 metros dos locais freqüentados pelo paciente para verificar se a contaminação não aconteceu na cidade.
Dos dez casos, três enfermos teriam contraído a dengue na cidade do Rio de Janeiro, onde há epidemia da doença. Do restante, quatro tiveram a contaminação em Manaus (AM), dois no estado de Rondônia e outro no interior de São Paulo. Até esta terça-feira (9), 195 notificações de suspeita foram recebidas pela secretaria desde o início do ano.
A secretaria de saúde tem adotado uma série de medidas preventivas para o controle da doença na capital. A cada quinze dias são realizadas vistorias em 850 pontos estratégicos, onde há possibilidade de formação de focos do mosquito hospedeiro. As chamadas áreas de risco são bairros localizados às margens de rodovias, onde há depósitos de ferro velho e pneus e passagem de veículos procedentes de estados onde há epidemia da dengue.
Na última vistoria, agentes da prefeitura encontraram 25 criadouros do inseto, nos bairros Pinheirinho, Centro, Cidade Industrial, Portão, Boa Vista e Boqueirão. Todos os focos são eliminados no instante da detecção com o uso de larvicidas.
Há ainda 50 armadilhas para mosquitos instaladas pela cidade, que são verificadas semanalmente. O equipamento de plástico possui um depósito de água que é trocada a cada queda de chuva, e a água limpa é o que atrai a fêmea do inseto. E a cada quatro meses acontece uma vistoria em 33% dos imóveis da cidade a fim de se verificar a possibilidade de formação de focos do Aedes aegypti.
O último caso de dengue autóctone (adquirido no local) em Curitiba aconteceu em 2002, quando dois funcionários de uma marmoraria, que manipulavam material proveniente de diversos estados do país, tiveram a doença confirmada, possivelmente picados por mosquitos trazidos em um dos carregamentos.
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