quarta-feira, 2 de julho de 2008

Defesa dos Nardoni: fala comprova arrombamento

Marco Polo Levorin, advogado do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, classificou o depoimento das testemunhas de defesa do casal à Justiça, prestados nesta quarta-feira no Forum de Santana, zona norte de São Paulo, como "muito relevante". "Temos a confirmação da reportagem (concedida por um pedreiro ao jornal Folha de S. Paulo à época do crime) que fala sobre o arrombamento (de uma obra vizinha ao edifício London)", disse. Ele afirma que, por esta obra, seria possível uma terceira pessoa ter estado no apartamento de onde Isabella foi atirada.
"Hoje tivemos a confirmação do repórter que disse ter a entrevista (com o pedreiro que trabalhava na obra vizinha ao London) gravada e queremos saber por que ele negou ter falado com o jornal à polícia", disse. Segundo Levorin, o pedreiro deporá amanhã como testemunha de defesa do casal. Além disso, o advogado considera importantes os depoimentos de testemunhas que negam as cenas de ciúmes envolvendo Isabella e a madrasta Anna Carolina Jatobá e relatam uma relação normal entre as duas. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a polícia não se pronuncia mais sobre o caso Isabella desde que ele passou à Justiça. A reportagem não conseguiu contato com o Tribunal de Justiça de São Paulo para confirmar se o nome do pedreiro está na lista das testemunhas de defesa que serão ouvidas amanhã. Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício. No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado. No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça. Alexandre está preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (P-2), em Tremembé (SP), e Anna Carolina, na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, também em Tremembé.

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