segunda-feira, 19 de maio de 2008

Apesar de aquecimento, "furacões serão menos freqüentes"

A equipe do National Oceanic and Atmospheric Admnistration (Noaa), ligado ao governo americano, prevê que a atividade dos furacões no oceano Atlântico nas últimas duas décadas do século diminuirá em até 18% e a das tempestades tropicais, em 27%.
O estudo, publicado na revista especializada Nature Geoscience, não ampara a tese de que o aquecimento global resultante do impacto da ação humana esteja provocando o aumento no número dos furacões."Há estudos que sustentam esta idéia, mas nosso modelo de estudo não aponta para esta direção", afirmou o coordenador do trabalho, Tom Knutson. "Ao contrário, nós verificamos uma redução na freqüência de furacões no Atlântico, porém, um aumento em sua intensidade", acrescentou.O aumento na intensidade, porém, também não seria tão expressivo como se imagina. Uma pesquisa realizada anteriormente por cientistas do Noaa chegou a apontar que a intensidade dos fenômenos pode aumentar em até 4% para cada acréscimo de 1ºC na temperatura da superfície do mar.O atual estudo, no entanto, mostrou uma variação menor de intensidade, de entre 1% e 2%.VentosSegundo os cientistas, um dos fatores para a redução da freqüência dos furacões seria um aumento na "diferença de velocidade e direção entre os ventos da superfície do mar e os de maior altitude"."Nós observamos menores índices na variação das velocidades dos ventos verticais nos últimos anos, mas tudo indica que daqui por diante haverá um aumento nesta variação", disse Knutson.O pesquisador disse não esperar que o estudo ponha fim ao debate científico em torno do impacto da ação humana nas mudanças climáticas."O ponto principal deste trabalho é enfatizar que não há evidências de que as mudanças climáticas estejam provocando um aumento na freqüência dos furacões e ou das tempestades tropicais sobre o Atlântico", afirmou.

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