quarta-feira, 16 de julho de 2008

Homem usava programa 'Fraude 1.0' nos golpes

A Polícia Civil de Maringá frustrou os planos de um estelionatário que usava programas de computador para falsificar documentos pessoais, certidões negativas de débito, comprovantes de pagamento e até certidões de registros de imóveis. Curiosamente, um dos programas tinha o sugestivo nome de Fraude 1.01.Segundo o delegado Paulo Cezar da Silva, titular da Delegacia de Estelionato, as investigações tiveram início há um mês, depois que investigadores da Seção de Furtos e Roubos (SFR) foram alertados sobre um estelionatário, residente em Paiçandu, que estaria preparando documentos falsificados para abrir contas bancárias e efetuar compras no comércio.Localizado na manhã de ontem em uma residência localizada na Rua José Cardoso, 201, Conjunto João de Queiroz, em Paiçandu, o suspeito - Adriano de Marchi, 26 anos - tentou ludibriar os investigadores apresentando uma cédula de identidade falsificada em nome de outra pessoa.Durante uma busca feita na residência do suspeito, os policiais encontraram um CPF e outras duas cédulas de identidade (RGs) falsificadas, além de um pen-drive (gravador portátil de dados de computador).Após assumir ser o autor das falsificações, De Marchi teria oferecido R$ 2 mil aos investigadores para ser liberado. Levado à delegacia e autuado em flagrante por falsificação de documento público e corrupção ativa, De Marchi confessou que tentaria utilizar os documentos para efetuar compras pela Internet. Ele também revelou ter negociado RGs e CPFs para desconhecidos e confirmou ter antecedente criminal, por estelionato, na cidade de Cianorte.Técnico em informática e com grandes conhecimentos em análise de sistemas, CorelDraw e Photoshop, De Marchi confessou ter desenvolvido um programa para falsificar RGs e holerites, além de outro, baixado de uma página hacker na Internet e batizado de "Fraude 1.0" específico pra gerar números de CPFs.Além das falsificações, De Marchi confirmou que invadia os sistemas do Serasa e do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) para baixar cópias de certidões negativas de débito. A polícia disse que as certidões eram usadas para dar crédito aos demais documentos falsificados.Ao consultar o programa Fraude 1.0, a Polícia Civil deparou com o seguinte alerta: "Este programa tem a intenção de propagar a fraude. Se não for esta a sua intenção, por favor, apague este programa da sua porcaria de disco, agora! Este programa não deve ser livremente distribuído. Apenas poderão usá-lo os integrantes da BK Corp. e alguns outros privilegiados".Apesar da lavratura do auto de prisão em flagrante, a Polícia Civil confirmou ter dúvidas sobre a verdadeira identidade do suspeito, uma vez que ele não teria apresentado nenhum documento pessoal.Diante da situação, o delegado Paulo Cezar explicou que submeterá De Marchi a novo interrogatório, para tentar descobrir em qual instituto de identificação ele fez sua primeira cédula de identidade. A confirmação - ou não - só será possível após o confronto das impressões digitais, o que levará entre 30 e 60 dias.Outra dificuldade da polícia é descobrir as empresas lesadas pelo golpista. De Marchi não soube informar quantos celulares adquiriu através de golpes pela Internet, mas revelou que usava endereços residenciais de "laranjas" para receber as mercadorias pelos Correios. "Por R$ 50 as pessoas aceitam participar do golpe", disse ele.
Números► R$ 200 era o valor de um CPF e de uma cédula de identidade falsificados por De Marchi.
Fonte: O Diário Maringá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chico Santos, você não pode pegar matérias de O Diário, copiar na íntegra e não citar a fonte. Isso é crime. Você quer induzir seus leitores acreditarem que você escreveu?