sábado, 10 de maio de 2008

Arrombamento de residência lidera lista de crimes na cidade

Uma pessoa é assaltada a cada seis horas e uma residência é arrombada a cada quatro horas. A cada oito horas um veículo é arrombado e um estabelecimento comercial assaltado a cada 26 horas.
A área central e a Zona 7 são os pontos mais perigosos para o pedestre ou para estacionar veículos na cidade.
Em abril, os índices de criminalidade apresentaram uma leve queda - ou se mantiveram estáveis - se comparados com março.
No entanto, a soma dos crimes registrados nos quatro primeiros meses do ano mostra que muita coisa ainda precisa ser feita para resgatar a imagem de cidade segura que chegou a ganhar destaque na mídia nacional em 2006.
Seis residências foram assaltadas no mês passado, contra nove em março. No ano, foram 22 roubos, média de um a cada seis dias.
O caso mais grave ocorreu no dia 28, quando dois homens invadiram uma residência na Vila Operária e mataram o empresário Edmur Vendramini, 62 anos, e feriram gravemente outros dois familiares. Todos os envolvidos no crime foram presos.
Não menos grave, o roubo contra pessoa totalizou 116 ocorrências em abril, contra 132 em março. Nos quatro primeiros meses do ano foram contabilizados 472 assaltos, média de um crime a cada 6 horas.
Confirmando os levantamentos anteriores, Centro, Zona 7 e Zona 2 continuam sendo as áreas de maior risco para o pedestre.
Também classificado de alta gravidade, o roubo contra estabelecimento comercial somou 40 registros em abril, média de um assalto a cada 18 horas. Em março, foram 41 roubos.
Os assaltantes agiram em 22 bairros da cidade, mas o maior número de ocorrências (6) aconteceu no Jardim América, zona norte da cidade. No ano, foram 111 assaltos, o que equivale a um roubo a cada 26 horas.
Motivo de preocupação dos maringaenses, o furto a residência (arrombamento) totalizou 171 casos em abril, contra 181 em março. Neste caso, a média foi de 5,7 casas arrombadas por dia, ou um crime a cada quatro horas e meia.
Os arrombadores agiram em 78 bairros, mas o Jardim Alvorada, e Zonas 5 e 7 foram os que mais registraram ocorrências. No quadrimestre foram 658 arrombamentos, média de um a cada quatro horas.
Dos 79 arrombamentos contra empresas registrados em abril ? média de 1,9 furto/dia ? 19 deles aconteceram no centro da cidade. Em março, foram registrados 95 crimes e, no ano, a totalização chega a 325.
Assassinatos
Além do empresário Edmur Vendramini, outras duas pessoas foram assassinadas no mês de abril, elevando para 17 o número de mortes no ano. O primeiro crime foi registrado no dia 14 de abril no interior do Clube do Vovô, localizado na Avenida Laguna, Vila Operária.
Inconformado com o fim de uma relação amorosa, o aposentado Braulio Cirilo de Menezes, 72 anos, apunhalou a também aposentada Maria Josefa Fagião Correia, 59 anos.
A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas morreu logo após dar entrada no pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia.
Logo após o crime, Menezes sacou uma pistola calibre 6.35 da cintura e desferiu um tiro contra a têmpora, morrendo na hora.
O outro crime aconteceu, também no dia 14, em uma residência localizada na Rua Porto Primavera, no Parque das Grevíleas, zona norte da cidade.
Acidental
Agindo às escondidas dos pais, o ajudante de pedreiro Fábio Matias, 22 anos, limpava um revólver calibre .38 dentro de seu quarto quando foi surpreendido pelo irmão, de 15 anos de idade, e um primo, de 16 anos.
Ao tentar manusear o revólver, o adolescente de 15 anos acionou acidentalmente o gatilho e acertou um tiro no peito no peito do irmão.
Fábio ainda chegou a ser socorrido com vida pelo próprio pai, mas não resistiu ao ferimento e morreu a caminho do Hospital Universitário (HU).

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