sábado, 5 de julho de 2008
laudo mostra últimos momentos de Isabella
Os peritos do Instituto de Criminalística cronometraram o tempo do que teria acontecido na noite da morte da menina Isabella, na versão dos acusados. Para chegar ao resultado da reconstituição, os peritos cruzaram informações do laudo necroscópico, de depoimentos de testemunhas e de um levantamento detalhado do local do crime. Foram dois meses de trabalho. Uma das conclusões foi a cronometragem do tempo na versão do casal. Para isso, os peritos fizeram a seguinte conta: primeiro, marcaram no relógio o tempo que Alexandre Nardoni teria gasto para tirar Isabella no carro e deixá-la no apartamento – 6 minutos e 54 segundos. Depois, fizeram a segunda parte, quando ele volta para a garagem e vai ao apartamento com a família – são mais 6 minutos e 4 segundos. O tempo gasto no elevador foi somado separadamente – os peritos consideraram que o elevador já estivesse no subsolo quando a família chegou e no sexto andar nas duas vezes em que foi usado por Alexandre. Do subsolo ao sexto andar, 1 minuto e dois segundos, o mesmo tempo para descer e voltar ao apartamento, e 52 segundos do sexto ao térreo. Somando tudo, o casal gastaria 16 minutos e 56 segundos. Mas entre a chegada do casal e a queda da menina se passaram apenas 12 minutos e 26 segundos.Os peritos também chegaram à conclusão que, se realmente houvesse uma terceira pessoa, ela teria apenas um minuto e 55 segundos para guardar os objetos usados para cortar a rede, limpar as manchas de sangue, lavar a fralda, trancar a porta e sair sem deixar qualquer vestígio. Para chegar a essas conclusões foi fundamental a participação das testemunhas na reconstituição. Os peritos fotografaram cada uma, como estavam no dia do crime. Uma das fotos mostra a visão do porteiro quando a menina já estava no chão. Por telefone, ele informou ao vizinho do primeiro andar, que, em seguida, chamou o resgate. Ainda com o telefone na mão, já na sacada, a testemunha vê Alexandre e pergunta o que houve. O pai de Isabella responde: “Arrombaram meu apartamento, rasgaram a tela de proteção e jogaram a minha filha... Tem ladrão no prédio”. O laudo foi entregue sexta-feira (4) à Justiça e vai ser analisado pelo promotor do caso, Francisco Cembranelli.
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