A sonda Phoenix da Nasa confirmou que existe água em Marte, segundo informações divulgadas pela agência espacial norte-americana.acordo com o comunicado da Nasa, ontem o braço robótico da sonda espacial depositou uma amostra em instrumentos que identificaram vapores de água. "Temos água", disse o cientista William Boynton, da Universidade de Arizona. A agência especial explicou que a Phoenix havia "tocado e saboreado" o líquido, considerado essencial para o desenvolvimento de todas as formas de vida conhecidas. Para a Nasa, "a descoberta significa que as chances de encontrar vida em outras partes do sistema solar aumentaram bastante".
"Vimos evidência dessa água em forma de gelo antes, mas esta é a primeira vez que a água marciana foi tocada", acrescentou. William Boynton, acrescentou que tinham sido detectados indícios de água congelada em observações feitas pela nave "Mars Odyssey" e em outros que se diluíram ao serem observados pela "Phoenix" em junho."Mas esta é a primeira vez que a água de Marte é testada", acrescentou.A amostra na qual foi confirmada a presença de água foi extraída de uma perfuração de em torno de cinco centímetros no solo de Marte e onde o braço robótico se deparou com uma rígida camada de material congelado.Na quarta-feira, a amostra tinha ficado dois dias exposta ao ambiente marciano e a água que continha começou a evaporar, o que facilitou a observação, disse o comunicado."Marte está trazendo algumas surpresas", disse Peter Smith, investigador principal da missão, ao se referir ao comportamento diferente do material marciano.A missão de exploração de Phoenix que desceu em 25 de maio em um setor do pólo norte marciano devia durar três meses e terminaria em agosto.No entanto, em vista dos sucessos obtidos, foi estendida até 30 de setembro, indicou o comunicado da Nasa.Segundo a agência, a tarefa deixou de ser apenas procurar água para também explorar condições para um dia ter existido vida no planeta. "A Phoenix desfruta de boa saúde e as projeções no que se refere a sua energia solar são boas e queremos aproveitar este recurso em um dos pontos mais interessantes do planeta", disse Michael Meyer, cientista do Programa de Prospecção de Marte.
A prorrogação vai acrescentar cerca de 2 milhões de dólares a um orçamento de 420 milhões.
Com os novos prazos, os cientistas pretendem escavar duas trincheiras adicionais na sua busca por condições de vida, mesmo que microbiana. Em junho, os cientistas já haviam anunciado que o solo marciano é mais alcalino do que se previa e continha traços de magnésio, sódio, potássio e outros minerais. Eles consideram a descoberta como "um enorme passo adiante".
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