O promotor Paulo Rangel apresentou denúncia no 2º Tribunal do Júri contra os dois policiais militares suspeitos de terem matado o menino João Roberto, de 3 anos, no início deste mês.
João Roberto estava no carro com o irmão de 9 meses e a mãe, Alessandra, em uma rua da Tijuca, Zona Norte do Rio, quando dois policiais militares fizeram 17 disparos contra o carro de Alessandra. Os PMs alegaram que perseguiam bandidos. João Roberto levou três tiros, um deles na cabeça, e teve morte cerebral. O promotor apresentou a denúncia na segunda-feira (28) pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Segundo Rangel, o depoimento da mãe da vítima e as imagens do circuito externo de segurança de um prédio próximo ao local do crime foram essenciais para ele denunciar os dois policiais. "Além do depoimento da mãe, que viu o filho morrer a tiros de dentro do carro, as imagens das câmeras do prédio descartam qualquer possibilidade de que os policiais atiraram durante perseguição. Eles pararam a viatura. Além disso, eles estavam perseguindo um Fiat Stylo, bem diferente do Palio Weekend onde estavam as vítimas. Eles foram covardes", disse. Os dois PMs estão presos temporariamente no Batalhão Especial Prisional (BEP). O promotor informou ainda que o Tribunal deverá decidir se acata a denúncia ainda nesta terça-feira (29).
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