sábado, 19 de julho de 2008
Homem morre atropelado por motorista suspeito de embriaguez
Um motorista que desrespeitava o limite de velocidade ao dirigir em uma rua de Sumaré, no interior de São Paulo, provocou o acidente que matou Rogério Basso, de 37 anos. O atropelamento foi testemunhado por dois policiais militares que passavam pelo local no momento do acidente.A velocidade máxima permitida na rua é de 40 quilômetros por hora. “A velocidade era pelo menos o dobro da permitida no local, aproximadamente uns 80 quilômetros por hora”, diz Ronaldo Nascimento, policial militar. A perseguição acabou em outro bairro. O motorista era Alex Ferreira, de 23 anos, que trabalhava como montador. Na delegacia, ele foi levado para uma cela, onde primeiro conversou informalmente com o delegado na presença do advogado de defesa e de um sargento da PM. “Ele disse que estava em um churrasco de despedida na empresa que ele trabalha e que tinha cerveja e que ele havia ingerido cerveja, mais ou menos uns quatro copos americanos”, diz o sargento Laércio Garcia, policial militar. Depois de algum tempo, o montador foi encaminhado para fazer uma avaliação clínica, em Americana, cidade vizinha. Ele se recusou a fazer um exame de sangue ou o teste do bafômetro. “É uma opção dele. É um direito que o réu tem de não fabricar provas contra ele. Ele optou”, diz Roberto Guimarães, advogado de defesa. O médico André Mello fez um exame clínico cuja conclusão é confusa. Alex estava alcoolizado, e não embriagado, mas logo abaixo o médico confirmou que o rapaz poderia colocar a segurança dele e de outras pessoas em risco. Bastou pagar uma fiança de R$ 1 mil e o motorista do carro, que atropelou e matou uma pessoa, foi liberado. “Enquanto a família vai estar sofrendo as conseqüências, arcando com essa dor na família”, diz Arlindo, amigo da família da vítima. O motorista do carro foi indiciado por dois crimes: homicídio culposo, aquele sem intenção de matar com agravante por ter fugido do local e também vai responder em liberdade por ter dirigidos sob efeito de álcool. Segundo o médico especialista em trânsito, Wladir Murari, até seis horas é possível detectar se uma pessoa está embriagada através do exame clínico, aquele em que não se coleta qualquer material do paciente. Foi a este exame que o motorista foi submetido. Já pelo exame de sangue, é possível verificar a presença de álcool no organismo até oito horas depois.
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