sábado, 7 de junho de 2008
Crimes em alta: homicídios e furtos aumentam em Maringá
O Mapa do Crime - levantamento feito com base nos registros das polícias Civil e Militar - mostra que os homicídios, arrombamentos em residências e lojas, além de furtos e roubos de veículos, bateram recorde em maio. Foram registrados no período seis assassinatos (foram 5 em janeiro, 5 em fevereiro, 5 em março e 3 em abril), 74 furtos e roubos de veículos, 210 furtos contra residências e 129 furtos em estabelecimentos comerciais.Segundo a Polícia Civil, dos seis assassinatos na cidade, cinco foram dolosos (com intenção de matar) e um foi culposo (sem intenção) -- este, causado por um tiro acidental durante o manuseio de um revólver durante uma reunião de família, no Conjunto Cidade Nova. O disparo atingiu a cabeça do delegado aposentado de 63 anos.O crescimento de furtos contra residências e empresas cresceu, respectivamente, 16% e 35% em relação a março - mês que registrava o maior número desses tipos de ocorrências. Os furtos e roubos de veículos também foram recorde: 74 ao total, contra 57 no mês anterior.O delegado operacional da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Laércio Cardoso Fahur, vê o lado positivo do balanço: a queda nos assaltos contra o comércio, casas e pedestres."As polícias Civil e Militar prenderam diversos assaltantes. O resultado foi a queda nesse tipo de crime", conta Fahur.Segundo o delegado, não são apenas as drogas que motivam os assaltantes. A idéia de que roubar é mais fácil que trabalhar, avalia Fahur, seria um estímulo para a vida no crime - um contraste diante dos números da Agência do Trabalhador de Maringá, que conta com mais de mil vagas. "Tem aquele que assalta porque acha que rende mais que o trabalho. Ele acha que o trabalho não vai dar a condição que ele almeja, mas isso é uma ilusão, ele vive fugindo, está sempre correndo risco de ser descoberto pela polícia ou de sofrer uma represália de outro criminoso", reflete Fahur.Já o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Everaldo Belo Moreno, vê no aumento da criminalidade o resultado da falta de investimentos em segurança: "Nosso efetivo policial em Maringá, hoje, é menor que há 30 anos. Precisamos de mais homens investigando e trabalhando na repressão do crime", conta.
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