A Polícia Civil de São José do Rio Preto e a Polícia Rodoviária Federal do Espírito Santo informaram que prenderam o maior serial killer da cidade paulista nos últimos 20 anos. O fato ocorreu no último dia 15, mas foi divulgado hoje. O criminoso foi preso em seu local de trabalho, em Vitória (ES), depois de ele ter fugido do Hospital Psiquiátrico de Franco da Rocha, em 1998, onde cumpria pena desde 1993, por cinco homicídios e nove lesões corporais dolosas graves praticadas em Rio Preto.A Unidade de Inteligência da Polícia (UIP) de Rio Preto encontrou o foragido quatro dias antes de expirar o mandado de prisão. Vencido o prazo, ele ficaria impune dos crimes que cometeu. De acordo com o delegado Guerino Solfa Neto, da Unidade de Inteligência da Polícia (UIP) de São José do Rio Preto, o vendedor de 41 anos levava as vítimas para um local ermo, as amarrava com correntes, depois batia nelas com a chave de roda de seu veículo até morrerem. "Ele agia com muita frieza e crueldade, deixando os corpos totalmente desfigurados. Atacava sempre prostitutas, travestis e casais de namorados", conta o delegado.
O criminoso era procurado pela Unidade de Inteligência da Polícia e pela chefia de investigadores do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 5 (Deinter 5) desde outubro de 2007. "Investigamos fugitivos de presídios que haviam cometido homicídios e latrocínios. Depois fizemos um rastreamento em todo o País, procurando por ele e seus familiares, que logo após a fuga se mudaram da cidade", explicou Solfa Neto. A Polícia consultou o CPF do fugitivo e também de seus parentes, para descobrir onde estavam. "Verificamos se haviam feito compras em lojas, adquirido veículos, linha telefônica ou alugado algum imóvel. E conseguimos localizá-lo no município de Guarapari, no Espírito Santo", disse. Em Guarapari, o delegado e sua equipe descobriram que, em 2005, o vendedor teria tentado praticar mais um homicídio. Foi expedido um mandado de prisão em 2007, mas o maníaco acabou fugindo para Vitória, onde acabou sendo preso. De acordo com o delegado, todas as vítimas o reconheceram como autor do crime, o que motivou sua prisão em 1993. Ele havia sido julgado e condenado. Mas por ter sido considerado semi-imputável (problemas mentais), cumpria pena no Hospital Psiquiátrico de Franco da Rocha, por ter desvio de personalidade. Após ser recapturado, no último dia 15, ele foi levado para o Presídio de Argolas, em Vitória - onde responde por tentativa de homicídio. Depois de ir a júri pelo crime praticado no Espírito Santo, conforme explica o delegado, é que o réu poderá ser trazido para São Paulo.
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