O brasileiro Ronaldo Gomes Silva, 25 anos, - vítima do acidente com o avião da empresa Spanair no aeroporto de Barajas, em Madri -, estava em lua-de-mel no Brasil dias antes de seguir viagem para a Espanha, nesta terça-feira (19). O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta quinta (21), que o brasileiro está entre as 153 vítimas do acidente.Segundo Rosana Gomes Silva, 24 anos, irmã de Ronaldo, ele trabalhava como office-boy em Londres desde 2004. "Ele ficou um tempo ilegal e estava providenciando a documentação e o visto para voltar de maneira legal. Ele veio para o Brasil com a namorada (Yanina Celis Dibowsky), que é espanhola, para se casar com ela", disse.Ronaldo se casou em um cartório paulistano no dia 3 de julho, segundo informações da irmã. "A cerimônia religiosa seria feita na Espanha, com a família da noiva dele", disse Rosana. Ela lembrou ainda que o irmão estava providenciando o visto de entrada na Inglaterra como cidadão europeu.Rosana disse que o irmão seguiu de São Paulo para Goiânia, onde se encontrou com outra irmã e com a mãe, Francisca Francimar Gomes Silva, 52 anos. "Assim que casou, ele ficou alguns dias em São Paulo para aproveitar um pouco. Depois, foi se encontrar com nossa mãe, que vive em Goiânia, pois ela não tinha conseguido vir para Ourilândia (do Norte)."Susto na TV O pai de Ronaldo, Julião Alves da Silva, 68 anos, disse que soube do acidente pela televisão. "Não imaginava que meu filho estivesse no avião quando vi a notícia sobre o acidente. Estou muito chocado com isso. Não estou nada bem, pois perdi um filho e uma nora."O tio de Ronaldo, Bento Lopes de Brito, 53 anos, disse que soube do acidente e da morte de Ronaldo quando a família da mulher dele ligou para o Brasil. "Eles nos disseram o que tinha acontecido. Foi uma tristeza muito grande".
Rodinaldo, irmão que também vive em Londres, já está na Espanha. "Ele vai fazer o reconhecimento do corpo e cuidar da burocracia para fazer o traslado do corpo para o Brasil".
Bento Lopes disse que está providenciando o velório na Câmara Municipal de Ourilândia do Norte, que fica a cerca de 900 quilômetros de Belém. "Vamos tentar fazer o velório na câmara, mas não sabemos quando poderemos fazer isso".
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