Três acusados de fraudes em financiamentos do BNDES tiveram a prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (2). Foi aberto processo na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo para julgar 13 investigados na operação Santa Tereza da Polícia Federal. Os três acusados que tiveram a prisão preventiva decretada são Marcos Vieira Mantovani, sócio da consultora Progus, João Pedro de Moura, que já foi assessor da Força Sindical, e José Carlos Guerreiro. Eles já estavam em prisão temporária.O juiz Márcio Ferro Catapani rejeitou o pedido de prisão contra um advogado que também é conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele é suspeito de ter atuado pela liberação dos empréstimos.
A procuradora da república Adriana Scordamaglia pediu as prisões dos quatro suspeitos por avaliar que há indícios de destruição de provas e uso de poder político para desqualificar a investigação. Um outro acusado que seria dono de uma casa de prostituição já estava com a prisão preventiva decretada, mas está foragido. O Ministério Público Federal também pediu que uma cópia integral do processo seja enviada para o Supremo Tribunal Federal e para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Um prefeito e um deputado, com foro privilegiado, suspeitos de envolvimento com a quadrilha, só podem ser julgados por essas instâncias superiores da Justiça. Ambos foram citados em várias conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial pela Polícia Federal.A Operação Santa Tereza começou com uma investigação no ano passado sobre uma casa de prostituição, em São Paulo, para apurar denúncias de envolvimento dos responsáveis pelo estabelecimento com tráfico de seres humanos. No entanto, a polícia também descobriu indícios de atuação da quadrilha em crimes contra o sistema financeiro.
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