A fabricante holandesa Nimbuzz chegou ao mercado brasileiro para trazer seu modelo de comunicador instantâneo que une celular, computador e redes sociais. A companhia, no entanto, não espera gerar receita até a segunda metade de 2009. Criada por dois holandeses em 2006, a Nimbuzz recebeu US$ 10 milhões de aporte da Mangrove Capital Partners, investidora também do Skype, e cerca de 10 milhões de euros da sul-africana Naspers. A empresa se viu atraída pelo número de usuários de celular, redes sociais e comunicadores instantâneos do Brasil. O país tem hoje algo como 127 milhões de celulares, além de 30 milhões de usuários de Messenger ¿ comunicador instantâneo da Microsoft ¿ e 20 milhões de cadastrados na rede social Orkut, do Google. "Aqui devemos ter uma aceitação muito rápida", afirmou Carlos Medina, diretor geral da empresa no Brasil. O software da Nimbuzz permite realizar chamadas de voz ou trocar mensagens de texto, além de compartilhar arquivos por redes sociais de qualquer tipo. Também não há restrição ao modelo de celular ou ao sistema de troca de mensagens instantâneo utilizado. Os serviços ao usuário são gratuitos e o modelo de negócios da companhia se baseia em venda de publicidade e compartilhamento de receita. Até o momento, entretanto, a Nimbuzz ainda não gerou nenhum tipo de receita aos investidores. "A empresa ainda é uma start up", disse Medina. Até a metade do ano, a companhia pretende anunciar seu primeiro acordo com uma operadora de celular na Inglaterra, cujo nome, entretanto, ainda não pode ser revelado, segundo o executivo. Acordos com fabricantes de celular para que incluam o software na memória do aparelho também estão previstos, mas nenhum está sendo costurado neste momento. No Brasil, a companhia também pretende divulgar o software, mas não espera gerar receita até a metade de 2009. As metas de números de cadastrados, no entanto, são agressivas.
Medina afirma que dos mais de 600 mil cadastrados no Nimbuzz em todo o mundo, 30 mil são do Brasil, apesar da companhia não ter feito nenhum tipo de publicidade nesses dois anos. Até o final deste ano, no entanto, ela acredita que o número chegue a 1 milhão de usuários no país.
Apesar da sede na Holanda, a Nimbuzz instalou o centro de desenvolvimento em Córdoba, na Argentina, onde estão 30 dos seus 75 funcionários. Medina explica que a companhia chegou a avaliar a Índia para sediar o centro, mas escolheu a Argentina "por problemas de fuso e de distância" com o país asiático.
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