sábado, 31 de maio de 2008
Falha humana é a hipótese mais provável para acidente com alpinistas
Os alpinistas Marcos Aurélio Thuler, 25 anos, e Júlio Fábio Patrício da Silva, 30 anos, sofreram queda de pelo menos 30 metros quando escalavam na tarde desta sexta-feira o Morro da Babilônia, na Urca. O alpinista Flávio Daflon viu a cena e resgatou os três, mas Marcos morreu após parada cardíaca na ambulância. Um helicóptero dos bombeiros resgatou os dois. O instrutor de escaladas Flávio Daflon, 34 anos, viveu um dia de herói. Ele foi o primeiro a chegar ao local e resgatou três dos cinco alpinistas. “Eu tinha acabado de descer e voltava para casa quando ouvi uma gritaria”, conta. Marcos Aurélio Thuler e Júlio Fábio Patrício da Silva estavam enroscados nas cordas, pendurados a 20 metros do chão num local sem gancho. O grampo mais próximo estava a 10 metros acima deles. Daflon se prendeu e fez um movimento pendular para alcançá-los. “Marcos estava desmaiado e preso até o pescoço. Júlio sangrava, mas consciente. Decidi descer primeiro com Marcos, que parecia não estar respirando”, diz Daflon, que escala há 18 anos.Depois de deixá-lo com os bombeiros, o instrutor resgatou Júlio. Daflon subiu ainda pela terceira vez para trazer Rodrigo, que estava mais acima, preso por ganchos. Marcos se formaria em engenheiro no fim deste semestre na Uerj, onde estudava com a namorada, Danielle. Flávio Daflon constatou que a corda não arrebentou e que não havia nada de errado com os ganchos na pedra. “Acredito que tenha havido alguma falha no procedimento. Se o gancho estivesse com problema, cairia. Além disso, a corda era nova”, observou.
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