Os corpos dos dois trabalhadores que haviam sido soterrados após a explosão de uma mina de carvão em Lauro Müller, cidade localizada a 211 km ao sul de Florianópolis, foram localizados pelos soldados do Corpo de Bombeiros. Por volta das 13h30, familiares dos mineiros foram informados que eles não sobreviveram ao acidente. Os nomes foram confirmados pela direção da empresa Carbonífera Catarinense após a localização dos corpos. Lorenir Hoffmann, 34 anos, e Genivaldo Silva estavam a 3 km da boca da mina, numa oficina de máquinas, quando ocorreu o desabamento.
O resgate foi bastante complicado devido ao calor e gases tóxicos encontrados no interior da mina, que desabou após uma explosão por volta das 4h. Vinte e sete trabalhadores estavam no local no momento do acidente e nove ainda permanecem hospitalizados.
A região sul de Santa Catarina já foi palco de um dos maiores acidentes em minas de carvão no Brasil: 31 trabalhadores morreram na madrugada do dia 10 de setembro de 1984, na Mina Santana, localizada na cidade de Urussanga.
A queda de uma pedra sobre uma banana de dinamite durante a madrugada é apontada como o início da tragédia, que até hoje não teve todas as suas causas totalmente esclarecidas.
A versão oficial, elaborada em laudos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), aponta que o acúmulo de gás metano no local, altamente inflamável, tenha causado a morte dos trabalhadores.
Devido ao intenso calor no local, os corpos só foram resgatados dias depois da explosão. Passados 23 anos, a tragédia é ainda lembrada na cidade e rendeu até um documentário.
As causas da tragédia de hoje ainda serão apuradas, mas o acidente é atribuído, preliminarmente, à explosão de um cilindro de oxigênio.
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