Deborah Jeane Palfrey, conhecida como "Madame Washington" e que se suicidou na semana passada na Flórida, disse em carta que tomou essa decisão porque não podia viver os "próximos seis ou oito anos atrás das grades" e porque tinha sido submetida a um "linchamento moderno".
Na nota suicida, divulgada hoje pela Polícia de Tarpon Springs, no litoral oeste da Flórida, Palfrey disse a sua mãe que não desejava ir para a prisão e sair dali como uma "mulher muito sozinha e sem um centavo".
"Desejo que saiba o quanto lhe amo. Sinceramente, desculpo-me por qualquer dor que lhe causei em vida", afirmou Palfrey na nota que deixou antes de se enforcar na casa da mãe.
A Polícia de Tarpon Springs informou na semana passada que a mãe de Palfrey, Blanche -que também dizia que a filha tinha sofrido um linchamento midiático -, encontrou o corpo da suicida em um alpendre próximo à sua casa pré-fabricada, em uma comunidade de aposentados, quando a procurava depois de ter acordado.
Aparentemente, Palfrey tinha se enforcado na noite anterior com uma corda de náilon.
A cafetina, de 52 anos, foi declarada culpada em abril de manter uma rede de prostituição em Washington que dava serviço a políticos e personalidades, além de outros crimes, como o uso do correio para fins ilícitos e lavagem de dinheiro.
Ela afirmava que as mulheres de sua empresa, Pamela Martin and Associates, se limitavam a oferecer companhia e que se alguma delas se prostituiu, o fez sem seu conhecimento.
Entre os clientes estava o senador republicano David Vitter, segundo as investigações relacionadas com o caso.
Palfrey, que ficou em liberdade após pagar fiança, devia comparecer perante um juiz em 24 de julho para receber a condenação e enfrentava uma sentença máxima de 55 anos de prisão.
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