sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Uma nova era para a quarta tela
Um evento do tamanho do Mobile World Congress não se restringe, claro, ao lançamento de celulares. Ou não tanto a eles, diria. Afinal, o congresso se tornou o grande ponto de encontro de operadores e desenvolvedores da indústria mundial de telecomunicações. É nesse meio que a discussão fica mais intensa, até porque os negócios ficam mais pesados e influenciam, de fato, o que as outras empresas vão pesquisar, desenvolver e produzir.Semana passada, durante o Mobile World Congress, um dos grandes assuntos era a regulamentação e padronização da tecnologia 4G. Pois é. Enquanto, na nossa lentidão peculiar, o Brasil ainda engatinha no mundo 3G, na vida real já se discute a tecnologia 4G, que pretende acelerar ainda mais o tráfego sem fio na telefonia celular, já a partir do ano que vem. Só em termos de comparação: numa rede decente, a 3G permite downloads de até 30 Megabits por segundo. Já a 4G pode quadruplicar essa velocidade.Considerando que esse é o futuro, ninguém quer ficar fora dessa. A operadora alemã Vodafone, por exemplo, decretou: temos que tomar logo o rumo da 4G. Segundo seu presidente, Arun Sarin, que deu palestra no MWC, seria bom reunir as melhores características dos padrões WiMax e LTE (de Long Term Evolution, padrão que compete com o WiMax) e parar de ficar disputando muito.A demora nas discussões a respeito da melhor tecnologia só tem contribuído, em geral, para atrasar a brincadeira, principalmente na América Latina.Mais que isso, o mercado já se movimenta. A franco-americana Alcatel-Lucent e a japonesa NEC, por exemplo, anunciaram, durante o evento, uma parceria para acelerar a implementação das soluções LTE. A depender do que dizem seus executivos, ainda este ano haverá planos-piloto em operação. Se tudo der certo, os produtos da joint-venture estarão disponíveis já em 2009.A presidente da Alcatel-Lucent, Patricia Russo, disse que a idéia da parceria é ganhar escala o quanto antes. E a colaboração com a NEC é essencial, considerando que o Japão conta com serviços e experiências importantíssimas na área de telefonia móvel.A questão que não quer calar: chegaremos lá?
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