terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mãe é presa por matar namorado e usar filho de 7 anos para ocultar cadáver

A Polícia Civil de Pernambuco vai indiciar uma técnica em laboratório, de 29 anos, por ter matado o namorado, um estivador de 25 anos, com duas doses de veneno para rato, conhecido popularmente como chumbinho, na madrugada deste sábado (25), no Recife. Ela foi presa em flagrante quando tentava fugir, na manhã deste domingo (26).Ela ainda usou o filho, de 7 anos, para ocultar o cadáver em um barranco perto da casa onde morava. O corpo foi jogado no local na madrugada de sábado e descoberto no dia seguinte.Segundo o delegado Joselito Amaral, responsável pelo inquérito policial, a técnica confessou o assassinato com riqueza de detalhes. "Ela não negou a autoria do crime e nos revelou como fez para planejar e matar o namorado." O inquérito será concluído em dez dias.Amaral disse ainda que a motivação para o crime foi o ciúme que ela tinha do namorado. "Ela confirmou que tinha muito ciúme da vítima e suspeitava que estava sendo traída por ele", disse o delegado.

Planejamento

Segundo o delegado, o crime começou a ser arquitetado na sexta-feira (24), quando a família da vítima já desconfiava do desaparecimento dele. "Ela (técnica) convidou o namorado para jantar e dormir em sua casa. Por volta das 22h30 da sexta-feira, ela serviu a primeira dose do veneno em uma sopa."Amaral afirmou ainda que a vítima começou a sentir os efeitos do veneno por volta das 2h30 de sábado. "Ele teria começado a gritar e a pedir por socorro, mas a namorada parece ter fingido que não ouvia os gritos de agonia da vítima. Apesar disso, o filho dela acordou e a chamou para ajudar o rapaz."O delegado informou que foi neste momento que a namorada serviu a segunda dose do veneno para a vítima. "Ela preparou um chá e colocou na bebida o mesmo veneno servido com a sopa. Ele não suportou mais uma hora e morreu por volta das 3h30", disse Amaral.

Ocultação de cadáver

Em seguida, segundo a polícia, a técnica em laboratório pediu para o filho ajudá-la a levar o corpo até o barranco. "Essa informação nos foi revelada pela criança, que contou ter carregado a vítima pelos pés, enquanto a mãe carregava o corpo pelas axilas", disse Amaral.O delegado afirmou que a criança contou a história para o pai, que procurou a polícia para ter certeza se que o relato do filho era verdadeiro. "Assim que se afastou da mãe, a criança se sentiu menos pressionada e contou a verdade para o pai. Por isso conseguimos prendê-la em flagrante, enquanto fugia de ônibus", disse Amaral.A técnica em laboratório será indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ela também reponderá, segundo o delegado, por submeter uma criança a situação de constrangimento, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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