quarta-feira, 18 de junho de 2008

Porteiro contradiz pai e madrasta de Isabella em depoimento à Justiça

O porteiro do Edifício London Valdomiro da Silva Veloso, que trabalhava no prédio na noite de 29 de março quando Isabella foi assassinada, contradisse em depoimento no Fórum de Santana, na Zona Norte da capital, a versão apresentada por Alexandre Nardoni e Anna Jatobá em interrogatório na Justiça em 28 de maio. De acordo com o porteiro, o pai e a madrasta de Isabella não desceram juntos ao jardim do prédio, onde a criança caiu. Entretanto, em interrogatório, os acusados sustentaram terem descido juntos até o jardim para ver o que havia acontecido com Isabella. Em depoimento de pouco mais de uma hora, Valdomiro relatou ao juiz Maurício Fossen que, dois minutos após a queda da criança, arremessada do 6o andar, o pai desceu, dizendo que seu apartamento havia sido "arrombado", a tela cortada e a filha jogada pela janela. Ainda segundo o relato, reproduzido por assessor do Tribunal de Justiça de São Paulo, Alexandre teria pedido para Valdomiro subir ao apartamento, insistindo que havia um ladrão. Alguns minutos depois, contou o porteiro, surgiu no local a madrasta de Isabella com uma criança no colo. Segundo ele, Anna Jatobá gritava e xingava, dizendo que o prédio não tinha segurança. A testemunha, convocada pela acusação, estimou que entre a queda e a chegada dos policiais, que pediram para que as portas do prédio fossem fechadas para que ninguém saísse, se passaram dez minutos. Segundo o porteiro, Alexandre se aproximou da criança no jardim, mas o porteiro não soube dizer se o pai iria pegá-la ou não, lembrando que um morador o orientou a não movimentá-la sob o risco de não agravar seu quadro. Antes da queda de Isabella, o porteiro disse não ter ouvido gritos. Os advogados quiseram saber por que Valdomiro não acionou o resgate se possuía um telefone celular. Ele disse não ter se lembrado do celular, apenas de avisar o morador do primeiro andar Antônio Lúcio Teixeira, que ligou para a polícia. A defesa questionou o porteiro sobre como se dava o acesso de prestadores de serviço ao Edifício London e qual mão ele usa para escrever. Essa última pergunta também foi feita à mãe da Isabella.

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