Daniela Duque, mãe de Daniel Duque, 18 anos, morto durante uma briga em uma boate no Rio de Janeiro, nesta madrugada, teve uma crise nervosa na porta da delegacia ao ver o suspeito pelo crime, o policial militar Marcos Parreira do Carmo, 30 anos, deixar o local nesta noite. Carmo saiu pela porta da frente da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), sem algemas e acompanhado de outros homens, que não estavam identificados como policiais.A Polícia Civil não confirmou se Carmo foi levado a uma unidade prisional ou liberado. Segundo o padrasto do jovem, Sérgio Coelho, o delegado Rafael Carvalho afirmou que a responsabilidade sobre o caso é agora da Polícia Militar, pelo acusado se tratar de um PM. O delegado confirmou, no entanto, que Carmo foi atuado em flagrante. Ao ver a cena, a mãe de Daniel chegou a esmurrar o veículo aos gritos. "Eu quero justiça. Acabei de enterrar meu filho. Ele saiu de casa para se divertir e acabou morto (...) Eu vou até o inferno por justiça", disse. A mãe da vítima aguarda na delegacia, acompanhada do padrasto do menino, o depoimento de familiares do jovem, que devem falar à polícia ainda nesta noite. Pelo menos 10 testemunhas, entre elas amigos do jovem e seguranças da boate, já teriam sido ouvidos, mas o delegado Rafael Carvalho não quis fazer comentários sobre o teor dos depoimentos. Daniel foi baleado e morreu no início da manhã deste sábado, ao sair da boate Baronetti, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele teria sido atingido durante uma briga entre freqüentadores. Na confusão, o segurança de um dos envolvidos teria feito disparos para o alto.
O enterro de Daniel ocorreu às 17h deste sábado, no Cemitério do Cajú. No velório, o clima era de emoção e revolta. Daniel morava perto da boate e era freqüentador.
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