A Santa Casa de Maringá pretende investir quase R$ 8 milhões em obras de expansão de infra-estrutura e compra de equipamentos até 2010. Só na construção da nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, dobrando a capacidade de leitos de 12 para 24, será aplicado R$ 1,2 milhão.
De acordo com o superintendente do hospital, José Pereira, o projeto de ampliação da Santa Casa foi elaborado nas necessidades da população de Maringá e região. Ele acrescenta que, além da estrutura predial e de equipamentos, a Santa Casa tem um diferencial em relação aos demais hospitais da região. "A humanização no atendimento aos pacientes foi e sempre será a nossa meta", conta. "O objetivo é sempre tratar o doente na sua plenitude."
Além da ampliação da UTI Adulto, algumas obras já estão em andamento, como reforma de alas e da unidade de hemodiálise e reestruturação da rede elétrica do centro cirúrgico e do serviço de imagens. As obras previstas para o ano que vem incluem expansão da UTI Adulto, implantação do serviço de hemodinâmica (que consiste em um conjunto de procedimentos médicos para diagnóstico e tratamento de doenças do coração) e reforma e ampliação do serviço de imagens. A partir de 2010, os planos de ampliação do hospital são maiores e prevêem construção da clínica de fisioterapia, de um novo centro cirúrgico, de nova ala de internação e de UTI Pediátrica e Neonatal.
Atualmente, a Santa Casa de Maringá conta com 181 leitos. O projeto de ampliação prevê a inclusão de mais 99, totalizando 280 vagas. Cerca de 700 funcionários compõem a equipe da instituição. O corpo clínico é formado por 350 médicos, que realizam, mensalmente, 1.425 internamentos e 800 cirurgias. Além do próprio plano de saúde, o hospital tem convênio com outras 40 operadoras.
Balanço
Em 2007, a Santa Casa de Maringá destinou 60% dos leitos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dos doentes atendidos pelo hospital, 77,2% foram provenientes de Maringá e 21,1% de outras cidades do Estado. Mais de 40% dos atendidos no hospital, no ano passado, pertenciam à faixa etária entre 24 e 59 anos. A Ginecologia e Obstetrícia foi a especialidade médica que mais realizou internações. Ao todo, foram 4.290 (25% do total).
No mesmo ano, a equipe da Santa Casa de Maringá inaugurou o primeiro Pronto Atendimento Infantil do interior do Estado e foi responsável por quase 290 mil exames, entre endoscopia, laboratorial, mamografia, raio X, tomografia e ultrassonografia. A média de permanência de internações foi de 4,11 dias. Segundo o superintendente do hospital, o índice foi excelente. "É uma demonstração da capacidade e da eficiência do atendimento prestado pela equipe da Santa Casa", justifica, dizendo que a maioria dos hospitais da cidade têm índice médio igual ou superior a seis dias.
Pereira comenta que, em 2007, para cada R$ 100 gastos na assistência médico-hospitalar com os pacientes do SUS, o hospital foi remunerado em R$ 61,42, uma defasagem de 38,58%. Segundo ele, mais de um terço do custo desses pacientes é subsidiado pelo hospital. O restante é proveniente do pagamento de despesas dos pacientes particulares.
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