Presos beneficiados com liberdade provisória ou saídões nos feriados podem ter que usar tornozeleiras com sistema de GPS no Distrito Federal. Esse equipamento permitirá à polícia maior controle e monitoramento dos presos. A data de implantação do novo sistema ainda não foi marcada pelo governo. O Governo do Distrito Federal (GDF) pretende reduzir a criminalidade e levar à população uma sensação de segurança. Segundo a polícia, o acessório facilitará o processo de captura, caso seja necessário. O diretor do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Maurício Kuehne, diz que a tornozeleira pode ser importante até economicamente. “Eu vejo uma grande expectativa de economia. Na medida em que eu consigo frear o instinto criminal de alguém, a sociedade sai lucrando. Isso porque aquele indivíduo vai deixar de praticar o roubo, outros deixarão de praticar pequenos furtos e outros deixarão de cometer crimes que assustam a sociedade, como os assassinatos que, lamentavelmente, se vê por pelo Brasil afora”, explica Maurício Kuehne. De acordo com o governo, no Distrito Federal, a média de presos que não volta para a cadeia é baixa. Fica entre 1% e 2% por cento. No feriado da Páscoa, por exemplo, 1.341 detentos foram beneficiados com o saidão. Mas 20 ainda não voltaram para a cadeia. Ainda assim, o secretário de Justiça defende a adoção da tornozeleira. “A sociedade ganhará muito porque vai ter a certeza de que o beneficiário do saidão e o interno que faz trabalhos externos está sendo monitorado pelo Estado”, disse Raimundo Ribeiro.
A Secretaria de Justiça e Cidadania está avaliando propostas de duas empresas que produzem o acessório. Uma delas quer cobrar R$ 600, por mês, por cada preso. Outros estados já usam a tornozeleira em caráter experimental. Na Paraíba, por exemplo, pelo menos cinco presos já estão usando o acessório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário