sábado, 14 de junho de 2008

'Jamelão tinha três paixões na vida', diz viúva

A viúva de Jamelão, Delice Ferreira dos Santos, conhecida como Dona Didi, é a mais abalada no velório do marido, que está acontecendo na quadra da Mangueira. Casados há 58 anos, Dona Lili chorou muito quando o caixão com o corpo do marido chegou e precisou ser amparada."Jamelão tinha três grande paixões na vida: a Mangueira, o Vasco e a neta Manoela. Ele sempre nos tratou com a mesma dedicação que tinha com a escola. É um grande baque para a família, mas, nesses últimos dois anos, estava sofrendo muito", disse. Manoela Ferreira, 30 anos, a neta homenageada com o carinho do avô em vida, também lamentou a morte do Mestre. "Está sendo muito duro para mim. Além de avô, ele era pai. Sempre foi um avô responsável e que nos deu grandes exemplos", ressaltou. O outro neto do cantor, Thomaz Ferreira, 29, e Jocely Ferreira, filha de Jamelão, estavam presentes na despedida do intérprete. O caixão de Jamelão está aberto e com um chapéu, um dos ícones do sambista, na altura do peito. O cantor e compositor José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, 95 anos, morreu às 4h deste sábado, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, Rio de Janeiro, em decorrência de uma infecção generalizada. Ele estava internado desde a última quinta-feira. Nascido em 1913, no bairro de São Cristóvão, no Rio, ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Ele começou ainda jovem tocando tamborim na bateria da Estação Primeira de Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.

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