Beatriz Pereira Torres, 52 anos, que era casada com Adalto
Torres, 56, se apresentou na Delegacia de Homicídios na manhã desta
segunda-feira (6), confessou o crime e alegou que era agredida e ameaçada por
ele.
O corpo do investigador foi encontrado por volta das 8h15
desta segunda-feira na Rua das Margaridas, situada no Jardim Monte Carlo, em
Maringá, com três disparos de um revólver calibre 22. Dois tiros atingiram o
rosto e um o peito da vítima. A dona de casa, acompanhada pela advogada,
relatou à Polícia Civil (PC) que há vários anos sofria agressão do marido. O
filho dela, o empresário Jhon Kleiton Torres, 34 anos, confirmou que o pai
batia nela.
Orientada pela PC, Beatriz e o filho estavam hospedados em
um hotel após um desentendimento com Torres no final da tarde desse domingo
(5). A equipe pediu que ela ficasse no local até que a situação se acalmasse e,
no dia seguinte, ela poderia voltar para casa e conversar com o marido.
No entanto, por volta das 2h de segunda-feira, segundo o
depoimento da acusada, ela foi para casa e acabou levando tapas. Ele
pediu que eles dormissem em quartos separados e pela manhã conversariam.
Beatriz contou que não conseguiu pegar no sono e, por volta
das 3h, notou que o marido estava dormindo com uma arma debaixo dele. Temendo
ser morta, ela foi até a dispensa, onde sabia que havia o revólver calibre 22,
pegou a arma e um martelo e foi até o quarto do casal.
Ela relata que, com medo do revólver falhar, deu vários
golpes com o martelo na cabeça de Torres. Em seguida, atirou três vezes,
fugindo logo depois.
Na delegacia, a autora pediu que fosse realizado um exame de
lesão corporal para comprovar as agressões. Ela seguiu para o Instituto
Médico-Legal (IML) de Maringá para que o procedimento fosse feito. Apesar de
afirmar que era atacada pelo marido, a PC alega que não encontrou nenhum
boletim de ocorrência registrado contra Torres.
A PC ainda afirmou que a arma utilizada no crime tem registro
de roubo. A autora responderá por homicídio.
Confiram a entrevista do delegado da homicídios de Maringá falando sobre o caso.
(Informações: O Diário, vídeo: Oséias Miranda)
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