sábado, 16 de janeiro de 2010

Johnson & Johnson faz segundo recall de Tylenol em um mês

A Johnson & Johnson fez recall de diversos medicamentos --dentre eles, o Tylenol-- na sexta-feira (15) nos Estados Unidos, pela segunda vez em menos de um mês, devido a um cheiro de mofo que fez usuários ficarem doentes.

Segundo a companhia, o recall inclui cerca de 500 lotes. A Johnson & Johnson no Brasil afirmou na noite de ontem que nenhum dos lotes marcados no recall chegou ao país.

O recall inclui lotes regulares e extras de Tylenol, Tylenol infantil, Tylenol de oito horas, Tylenol para artrite, Tylenol PM, Motrin para crianças, Motrin IB, Benadryl Rolaids, Simply Sleep e a aspirina St. Joseph. Lotes de produtos vendidos nas Américas do Norte, Central e do Sul, nos Emirados Árabes Unidos e nas Ilhas Fiji também foram inclusos no recall. Entretanto, países das Américas não foram especificados pela empresa.

Em novembro, a empresa chamou para recall o Tylenol Artrite em pílulas em novembro devido ao cheiro --que causou náuseas, dor de estômago, vômito e diarreia. Há três semanas, a empresa estendeu o recall para o Tylenol Artrite em cápsula. Cerca de 70 pessoas notaram ou ficaram enjoadas devido ao odor.

A forma como a empresa lidou com a recall irritou o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador federal dos EUA --eles julgaram que a empresa não agiu de modo rápido o suficiente. O FDA disse que sabia do problema desde o início de 2008, mas que houve apenas uma investigação limitada sobre o assunto.

"A empresa deveria ter agido mais rápido", declarou Deborah Autor, diretora do centro de avaliação e pesquisa da FDA. "Quando alguma coisa cheira mal, literal ou figurativamente, as empresas devem investigar de forma agressiva e tomar todas as medidas necessárias para resolver o problema", acrescentou.

O FDA enviou uma carta de advertência à companhia, por violação das normas de fabricação e pela falta de informação e investigação do problema de uma forma adequada. A Johnson & Johnson tem 15 dias para responder. O FDA diz que quer uma explicação de por que o problema não foi tornado público mais cedo.

FONTE : FOLHAONLINE

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