terça-feira, 10 de junho de 2008

Polícia indicia 18 pessoas por fraude em habilitações

A investigação do esquema de fraude na emissão de carteiras de motoristas em São Paulo resultou em 18 pessoas indiciadas, que irão responder por formação de quadrilha, organização criminosa, corrupção passiva e falsidade ideológica. Entre os 22 detidos, três já foram liberados. O inquérito sobre o caso deve ser concluído até esta quarta-feira (11) e depois encaminhado à promotoria, que vai decidir se a denúncia será ou não encaminhada à Justiça. O Ministério Público criou uma força-tarefa para cuidar das investigações de 38 Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) suspeitos de participar do esquema. Um dos presos era o delegado responsável pela investigação da fraude em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Em um documento, o delegado pede ao diretor da Ciretran que informe os endereços das auto-escolas da cidade e os nomes dos diretores. Na noite desta segunda-feira (9), outros dois policiais de Ferraz de Vasconcelos tiveram a prisão decretada. Policiais, médicos, donos e funcionários de auto-escolas negociavam a venda de carteiras, fraudavam identidades e impressões digitais. Escutas telefônicas mostram como o esquema funcionava: pessoas de outro estado ou sem condições de dirigir pagavam para conseguir a carteira. O Detran de São Paulo já sabia da existência do esquema desde fevereiro. Foi quando a Prodesp, companhia de processamento de dados do estado, enviou uma lista com outras 37 Ciretrans onde foram encontrados erros. A suspeita é que mais de 200 mil habilitações tenham sido emitidas irregularmente no estado e enviadas para todo o país. O Detran informou que delegados de 14 Ciretrans foram afastados. Agora cada unidade encaminhará uma lista com três nomes para a diretoria do Detran, que escolherá os novos delegados.

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