quinta-feira, 5 de junho de 2008

Polícia identifica nova droga nas festas eletrônicas no Rio

O special key, uma nova droga, vem se infiltrando nas festas cariocas. A equipe do Noite Legal, formada por policiais da Secretaria estadual de Segurança Pública para intensificar o combate a práticas ilegais em eventos noturnos, flagrou pela primeira vez o special key, que é produzida a partir de anestésico veterinário e do cloridrato de cetaína, numa rave no interior do Rio.A primeira apreensão relacionada à droga, envolvendo traficantes cariocas, foi feita em São Paulo, onde o Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) prendeu um suspeito procedente do Rio de Janeiro com 42 pecas de special key na Parada Gay. Segundo o coordenador da operação, Rafael Marzano, a droga é inalada pelos usuários depois de ser desidratada. “Ela vem na forma líquida dentro de vidrinhos, os usuários colocam esse líquido no microondas e o transformam em pó. Depois cheiram como se fosse cocaína.”, explica Marzano.
Quantidade consumida anestesiaria um leão O veterinário André Sena Maia explica que a droga é usada para anestesiar animais de grande porte, como leões e chimpanzés. “A droga separa o córtex do sistema límbico, que é responsável por controlar as emoções. Essa comunicação é interrompida pela anfetamina, causando a sensação de euforia,” diz ele. “Nos animais utilizamos o special key na forma injetável, para confundir o sistema mental dos bichos. Mas, a cada anestesia, a dose aumenta porque o organismo fica tolerante e se acostuma com a droga,” revela. De acordo com o veterinário, a droga causa no ser humano efeito semelhante. O alucinógeno pode provocar dependência química, além de provocar taquicardia e aumento da pressão arterial, podendo levar o usuário a infartos fulminantes. “A quantidade que os usuários estão ingerindo daria para anestesiar um leão. Se a droga for consumida junto com bebida alcoólica o efeito se potencializa,” alerta. Venda controlada O Special Key tem a venda controlada, só podendo ser vendido para veterinários, que no ato da compra têm seu CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) anotado pelo revendedor.

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