terça-feira, 27 de maio de 2008
Leão deixa o Santos sem falar com os jogadores
Apesar de declarar que deixa o clube sem mágoas, o técnico Emerson Leão preferiu não se despedir dos jogadores e sequer foi conversar com o elenco. Os atletas treinavam nesta terça-feira sob o comando do treinador interino Márcio Fernandes, que comandará a equipe até o anúncio de um substituto.Leão, inclusive, não chegou a passar pelo campo quando se dirigia para dar sua entrevista. Ele se utilizou da entrada da imprensa, estacionando seu carro na rua, ao lado dos jornalista. Até por isso, os torcedores tiveram a oportunidade de atirar pedras no automóvel do técnico. "Eu não costumo falar de ninguém no time que eu saio, nunca fiz isso e nunca vou fazer. Tenho outras coisas pra fazer depois que sair daqui. Não tenho tempo (para conversar com os jogadores)", declarou Leão. O relacionamento entre Leão e os jogadores não era dos melhores. O técnico chegou a comentar no inicio do ano que acreditava que alguns atletas poderiam derrubá-lo do cargo. Alguns dos motivos dos jogadores não gostarem do treinador seriam as regras impostas por Leão. Entre elas, estavam a proibição da roda de "bobinho" nos treinos, o veto à televisão na hora do almoço e a proibição da sinuca durante a concentração. Questionado sobre o lateral-esquerdo Kleber como um dos seus desafetos, Leão preferiu silenciar, mas pediu que os jornalistas fizessem um balanço do aproveitamento do atleta na temporada. O jogador ficou um bom período afastado por causa de uma cirurgia no abdômen, neste ano. "Não costumo falar de jogador. Portanto acho que estou há cinco meses e meio e a retrospectiva dele está aí, vocês podem ver", disse Leão. Após a goleada sofrida para o Cruzeiro, comentou-se que o técnico teria discutido com alguns jogadores no vestiário e também na hora do jantar em um restaurante. No entanto, o técnico negou qualquer problema no último domingo em Belo Horizonte. "Que eu tenha presenciado, não é verdade. Depois do jogo, entrei no vestiário e enquanto estava dentro não teve nada, no jantar e ônibus também não. Se ocorreu alguma coisa quando não estava no vestiário não posso informar. Quando não estou, não posso falar. As pessoas que trabalham comigo nada presenciaram. A não ser se aconteceu em uma capelinha ou banheirinho", explicou o ex-treinador do Santos.
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