segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dívida externa cai e reservas se aproximam dos US$ 200 bilhões

A dívida externa brasileira estimada para o mês de abril somou US$ 200,15 bilhões, o que representa uma queda frente ao volume registrado no mês de março, de US$ 202,63 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central. No fim de 2007, a dívida externa somava US$ 193,21 bilhões. Ao mesmo tempo em que a dívida externa recuou em abril, as reservas internacionais brasileiras continuaram a subir. No fim do mês passado, as reservas estavam em US$ 195,7 bilhões, o que representa elevação na comparação com o fim do ano passado (US$ 180,33 bilhões). No dia 21 de maio deste ano, ainda segundo dados do BC, já haviam subido mais ainda, para US$ 198,9 bilhões, ou seja, bem próximas da marca inédita dos US$ 200 bilhões.O aumento das reservas, resultado da compra de dólares pelo BC no mercado à vista, e a queda da dívida externa conferem mais credibilidade à economia brasileira. Isso porque os investidores consideram que a dívida estaria solvente, ou seja, com baixa possibilidade de calote. Em fevereiro deste ano, o BC anunciou que o Brasil já chegou à posição de credor externo
Compras de dólares
O processo de compra de dólares, para aumento das reservas internacionais, teve início em 2004, quando o BC começou a adquirir moeda norte-americana no mercado à vista. Em todo o ano de 2007, o BC comprou US$ 78,5 bilhões, volume recorde para todos os tempos. As compras de dólares do BC estão ligadas ao ingresso de divisas na economia brasileira por conta das exportações e, também, pela entrada de recursos para aplicações financeiras (compra de títulos e ações, entre outros). Em todo o ano passado, US$ 87,4 bilhões ingressaram na economia brasileira. Se o BC não estivesse comprando dólares, a cotação da moeda norte-americana, que abaixo de R$ 1,70 já é a menor em mais de nove anos, estaria mais baixa ainda.Neste ano, até abril, o Banco Central comprou US$ 10,6 bilhões no mercado à vista de câmbio. Segundo a instituição, a entrada líquida de dólares no país somou US$ 15,66 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano.

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