quarta-feira, 30 de abril de 2008

Suspeita de aplicar golpes nos Jardins é solta em SP

A jovem Kelly Samara Carvalho dos Santos, que ficou conhecida como "golpista dos jardins", foi solta em 2 de abril. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Kelly foi liberada após ser absolvida por falta de provas.A jovem estava presa desde agosto de 2007, sob suspeita de praticar golpes na região dos Jardins, bairro nobre da capital paulista. Ela foi indiciada pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e por três furtos.
Na época em que foi presa, Kelly afirmou que cometia os crimes havia dois anos e que pretendia chamar a atenção dos pais, que moram em Mato Grosso do Sul."Sou obrigada a fazer isso. Vou entregar todo mundo. São pessoas conhecidas", disse Kelly antes de entrar no carro de polícia. "Sempre tive tudo em Mato Grosso, mas queria chamar a atenção da minha família", afirmou.Alta, magra e falante, Kelly comporta-se como uma modelo de passarela. As roupas e objetos e notas fiscais apresentados pela polícia mostram que ela buscava grifes famosas e se hospedava em hotéis de luxo. Segundo a polícia, ela usava pelo menos mais quatro nomes: Kelly Lambertini, Kelly Tranchesi, Alessandra Tranchesi e Daniela Delgado Garcete. Segundo a delegada, ela também dizia que é irmã de um conhecido traficante de cigarros.
Prisões
No início de agosto, Kelly chegou a ficar presa por nove dias, por estelionato e falsidade ideológica. Segundo a polícia, ela teria cometido pelo menos três furtos e oito golpes no comércio.
Como já respondia pelos dois crimes, teve de se apresentar na delegacia para prestar novos esclarecimentos. Mas policiais encontraram com ela um cheque de uma vítima, o que resultou no flagrante de uma nova prisão no fim do mês. A jovem era suspeita ainda de realizar furtos durante programas nas residências de suas vítimas, colocando soníferos na bebidas, golpe conhecido como "Boa Noite Cinderela".
De acordo com a delegada Aline Martins Gonçalves, do 15º DP, que realizou a prisão na época, a moça não tinha residência fixa e usava cheques furtados para pagar hospedagem em hotéis. “Ela dava nomes diferentes em cada hotel em que se hospedava. Para cada pessoa que conhecia ela dava um nome. Ela tinha muitos cheques. Como é uma pessoa que sempre falava muito alto, fazia muito escândalo, as pessoas ficavam com o cheque e deixavam ela ir embora”, disse a delegada.segundo a delegada, a jovem usava o site de relacionamentos Orkut para conseguir vítimas. Com Kelly, a polícia recuperou uma gravura de Juan Mirò avaliada em US$ 18 mil. Segundo a polícia, o quadro tem certificado de autenticidade e teria sido comercializado por US$ 1 mil.

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