A Polícia Civil do Paraná prendeu, nesta terça-feira (15), um papiloscopista do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba suspeito de vender o cadáver de um indigente para que um homem aplicasse um golpe de US$ 1,6 milhão (cerca de R$ 2,7 milhões) em uma seguradora norte-americana.
De acordo com o delegado Sérgio Inácio Sirino, coordenador estadual do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), o funcionários do IML teria cobrado R$ 30 mil para atribuir ao indigente a identidade do homem que aplicaria o golpe na seguradora. A prisão do papiloscopista foi baseada em um mandado de prisão preventiva, expedido pela Vara de Inquéritos de Curitiba. Ele foi preso na sede do Instituto de Identificação do Paraná. O homem apontado pela polícia como mentor do golpe já foi preso pelos policiais do Nurce. Além dele, outros dois suspeitos de participar do golpe também estão presos.
O delegado vai indiciar os envolvidos por estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e formação de quadrilha. O funcionário do IML será indiciado por corrupção passiva.
Exumação
Nesta quarta-feira (16), a polícia pretende realizar a exumação do corpo, que foi enterrado no lugar do mentor do golpe, em São José dos Pinhais. "Suspeitamos que o corpo seja de uma pessoa, cuja mãe está requisitando o corpo", disse o delegado. Para tentar definir a verdadeira identidade do cadáver, a polícia pedirá ao Instituto de Criminalística (IC) a análise de DNA do cadáver com o da mulher que procura pelo filho.
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