terça-feira, 29 de abril de 2008

Marca de sangue em quarto intriga polícia no caso Isabella

A polícia encerrou as investigações no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, de onde Isabella foi jogada do sexto andar em 29 de março. As chaves do apartamento e do carro que Alexandre dirigia no dia do crime já estão na delegacia à disposição da família Nardoni. Na manhã desta terça-feira (29), os advogados do casal foram ao distrito policial, mas não pegaram as chaves.
Os peritos que investigam a morte de Isabella estão agora intrigados com uma misteriosa marca de mão suja de sangue encontrada no lençol de uma cama do quarto dos dois filhos do casal. Segundo a perícia, era a mão de uma criança. Mas o vestígio não foi deixado por Isabella, porque ela não tinha sangue nas mãos.
O inquérito que investiga a morte da menina Isabella Nardoni deverá ser concluído e encaminhado ao promotor Francisco Cembranelli, no Fórum de Santana, na Zona Norte, nesta terça-feira (29), de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O inquérito, que já conta com seis volumes e mais de mil páginas, será concluído com as informações e fotos da reconstituição do crime realizada no domingo (27). Sem a presença dos indiciados, a simulação do assassinato foi acompanhada pelos delegados Calixto Calil Filho e Renata Pontes, do 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte, e pelo promotor Francisco Cembranelli. Desta forma, não será necessário aguardar a conclusão do laudo da reconstituição, prevista para mais 30 dias, para o encerramento do inquérito. Pelas informações do documento, o Ministério Público deve apresentar denúncia contra o pai e a madrasta da menina na próxima segunda-feira (5). O próprio promotor Cembranelli já adiantou que irá estudar o inquérito no feriado de 1º de maio para preparar a denúncia. A prisão preventiva de Alexandre e Anna Carolina também deverá ser pedida em seguida. Para a defesa do casal, tudo o que foi produzido na fase do inquérito, como os laudos periciais e os depoimentos, pode ser questionado. “Tudo pode ser submetido ao crivo do contraditório, em que a defesa pode, através de uma postura técnica, questionar o que foi feito”, afirmou Rogério Neres de Sousa, um dos advogados do casal, na tarde de segunda (28), ao deixar o 9º DP, onde buscou cópias dos autos.

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