quarta-feira, 30 de abril de 2008

Blindado, 'gandula-problema' está escalado

O dia primeiro de maio é levado muito a sério no Uruguai. Neste feriado, que comemora o dia do trabalho, nem o transporte público funciona. Este detalhe pode ser um problema para Nicolas Dominguez, o gandula mais famoso do país, estar presente no estádio Parque Central para trabalhar na partida entre Nacional e São Paulo. Como o garoto não mora em Montevidéu, ele não teria como voltar para casa depois da partida.- Ele mora longe e talvez isso atrapalhe. Mas não há veto nenhum a ele, ao contrário. Só pedimos para que ele não dê nenhuma entrevista para evitar confusão – explica Adriana Puertas, secretária do Nacional.O responsável pela seleção dos "caza-balones", como são conhecidos no Uruguai, Maurício Vieira, contou que Nicolas está entre os 12 garotos selecionados para o jogo. Se a arbitragem não encrencar, o gandula vai trabalhar normalmente.- Demos um gelo nele depois do que se passou na partida contra o Flamengo, porque gandula não pode aparecer no jogo de maneira nenhuma. Mas ele é só um menino, tem 12 anos e não ganha nada para estar aqui. Se ele vem trabalhar, é porque gosta – explica Vieira.Na primeira fase da Libertadores, o Nacional fazia parte do grupo do Flamengo. No jogo disputado em Montevidéu, Toró acabou sendo expulso por ter perdido a cabeça com uma brincadeira de Nicolas. Aos 42 minutos da etapa inicial, logo após o primeiro gol do Nacional, a bola saiu pela lateral esquerda do campo, onde estava o gandula. O jovem dominou a bola nos pés e fez uma espécie de embaixadinha. Toró se descontrolou com o deboche do menino e o empurrou. Nicolas caiu no chão, e o árbitro mandou o volante para o chuveiro. A partir daí, Nicolas virou herói da torcida do Nacional. No jogo contra o Cienciano, a cena de repetiu.

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